domingo, 19 de agosto de 2007

Internacional Socialista-Londres (1897)

No ano seguinte à morte de Engels realizou-se em Londres um congresso da Internacional Socialista, que vem consolidar por proposta de Liebknecht a expulsão dos anarquistas das fileiras daquela organização, consolidando o marxismo como principal força política no interior do movimento operário europeu.

Esta resolução acentua o que se vinha esboçando desde o Congresso de Zurique, realizado 3 anos antes e que havia determinado a táctica que exigisse aos seus aderentes uma posição mais clara diante da luta política, inclusive parlamentar que ia radicalmente contra os princípios dos anarquistas.

Nesse congresso disseram claramente que é necessário conquistar os poderes públicos para legislar e administrar a nova sociedade.

Resolução que excluía da Internacional as organizações que não fossem partidárias da acção política visando à conquista do poder político pelo proletariado.

Também ali é reconhecido o direito das nações à auto determinação, criticando os sociais-democrata das grandes potencias colonizadoras, que não defendam esse direito das colónias oprimidas pelos seus países.

Azedo Gneco representou o partido Socialista neste congresso de Londres. Genco era um operário e foi secretário geral do Partido Socialista em substituição de José Fontana. Não aderiu inteiramente às teses deste congresso, recusando aceitar que o problema da classe operária passasse pela substituição da Monarquia pela República, nem aderindo às teses marxistas.
Apenas no que à auto determinação das colónias era mais flexível preconizando algumas "melhorias" na situação dos povos coloniais.

Em 1897 haverá uma cisão dentro do Partido Socialista, quando Ernesto Silva e Teodoro Ribeiro pretenderam uma aliança com o Partido Republicano, tendo surgido uma aliança republicano-socialista.

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