quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Acontecimentos no ano de 1894 (2ªParte)

  • Maio,04-Abertura do parlamento é adiada para 1 de Outubro.
A abertura das cortes, foi adiada, porque o governo constatou que a reeleição da sua maioria. verificada como consequência das eleições de Abril, não era suficiente, devido ao acentuar das divergências entre Hintze e João Franco. Ambos se haviam excedido na distribuição de benesses, que a imprensa ia divulgando, procurando apoio para as suas causas.

Esse clima de insegurança justifica o adiamento, ambos sabiam que precisavam do Rei, para resolver a questão do poder na chefia do governo.
  • Julho,02-Manifesto da União Liberal (coligação entre Progressistas e Republicanos) apelando ao boicote ao pagamento de impostos.
Esta União Liberal surge na sequência da forte contestação ao adiamento da reabertura do parlamento para 1 de Outubro. José Luciano lider Progressista queria lançar uma campanha de comícios, em conjunto com o envio de mensagens de desagrado ao Rei e boicote ao pagamento de impostos.

Nascia a União Liberal unindo aqueles dois partidos e antigos Regeneradores desavindos com Franco e Hintze Ribeiro.

A resposta do Rei, que não mostrou qualquer abertura em alterar a decisão tomada, exasperou a oposição afirmando D.Carlos se colocara fora da Constituição

Na Assembleia geral dos Progressistas no Porto em 7 de Junho, numa grande manifestação partidária com cerca de 2000 delegados, José Luciano propõe uma revisão constitucional que retire poderes ao Rei e outro conjunto de disposições de índole mais liberal.

Quando surge este manifesto que apelava ao boicote aos impostos, o presidente da Comissão executiva era o general João Crisóstomo
  • Julho-Decreto estabelecendo os Sindicatos Patronais Agrícolas, cujos objectivos não era o de um qualquer órgão de classe, mas apenas uma associação para análise técnica dos problemas da agricultura.
Morre em apenas com 49 anos vitimado pela tuberculose tendo dito na hora da morte "Morro triste não levo saudades do Mundo".

Personagem de grande influência na corte, chegando a ser Ministro da Fazenda do governo de Dias Ferreira, com quem viria a desentender-se pouco tempo depois.
Autodidacta, publicou vários livros de economia e finanças, mas a História de Portugal seria a sua grande paixão, muito embora a sua visão dos factos, fosse constantemente prejudicada pela sua extrema "fogosidade interpretativa".

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