A reabertura do parlamento aconteceu em 29 de Novembro de 1906, com uma torrente de propostas de lei, algumas naturalmente tendentes à criação dum clima favorável, na opinião pública, como os aumentos da função pública e do exército.
Tal como alguns vaticinavam , os ataques no parlamento foram de tal violência, que o envolvimento de João Franco nas Cortes, praticamente lhe não deixavam tempo para a governação.
O objectivo de João Franco era criar uma atmosfera propícia ao reformismo, como Franco dizia "O meu desejo é que o meu país acredite em mim para eu poder fazer aquilo que me julgo capaz de fazer".
Em Novembro porém a discussão parlamentar, agudizou-se ainda mais, quando se levantou a questão de que haveriam contas por saldar entre o Tesouro e a Casa Real. Adiantamentos à casa real que o próprio João Franco acabou por admitir, afirmando que o governo há-de dar conta ao parlamento. Confirmando afinal o que Dantas Baracho na Câmara dos Pares, havia dito uns dias antes, apresentando nota discriminada, dos adiantamentos feitos à Casa Real.
Sobre esses adiantamentos, na sessão de 20 de Novembro de 1906, Afonso Costa disse: Por menos do que fez o Sr. D. Carlos. Rolou no cadafalso a cabeça de Luís XIV e que pelo menos o Rei devería ter a honestidade e honradez de pagar à nação o que indevidamente desviou dos cofres públicos.
Por estas declarações Afonso Costa e Alexandre Braga estiveram presos, o que motivou imensas manifestações e comícios republicanos de propaganda, por todo o lado, mas o certo é que só regressaram ao Parlamento em 21 de Dezembro, por força dum abaixo-assinado subscrito por 45 000 pessoas, que terá contribuído para isso.
Pela primeira vez, um chefe de governo admitia a verdade, do que circulava por todo o lado, pelo menos desde 1903, que do deficit público de 8000 contos, metade fora a Casa real que o gastara.
A atitude de João Franco, de frontalidade face a esta questão, enquadrava-se perfeitamente, nos objectivos gerais da política que anunciava, assente em duas palavras austeridade e honestidade. Austeridade que pretendia acontecesse em todas as instituições públicas e na família Real, por tudo isto preferiu admitir o que se passava, em vez de adiar explicações ou encobri-las, como até aí tinha sido feita.
A oposição monárquica, claro que aproveitou para o atacar, como fez Hintze Ribeiro que acusava Franco de sacrificar o Rei à sua própria popularidade.
Tal como alguns vaticinavam , os ataques no parlamento foram de tal violência, que o envolvimento de João Franco nas Cortes, praticamente lhe não deixavam tempo para a governação.
O objectivo de João Franco era criar uma atmosfera propícia ao reformismo, como Franco dizia "O meu desejo é que o meu país acredite em mim para eu poder fazer aquilo que me julgo capaz de fazer".
Em Novembro porém a discussão parlamentar, agudizou-se ainda mais, quando se levantou a questão de que haveriam contas por saldar entre o Tesouro e a Casa Real. Adiantamentos à casa real que o próprio João Franco acabou por admitir, afirmando que o governo há-de dar conta ao parlamento. Confirmando afinal o que Dantas Baracho na Câmara dos Pares, havia dito uns dias antes, apresentando nota discriminada, dos adiantamentos feitos à Casa Real.
Sobre esses adiantamentos, na sessão de 20 de Novembro de 1906, Afonso Costa disse: Por menos do que fez o Sr. D. Carlos. Rolou no cadafalso a cabeça de Luís XIV e que pelo menos o Rei devería ter a honestidade e honradez de pagar à nação o que indevidamente desviou dos cofres públicos.
Por estas declarações Afonso Costa e Alexandre Braga estiveram presos, o que motivou imensas manifestações e comícios republicanos de propaganda, por todo o lado, mas o certo é que só regressaram ao Parlamento em 21 de Dezembro, por força dum abaixo-assinado subscrito por 45 000 pessoas, que terá contribuído para isso.
Pela primeira vez, um chefe de governo admitia a verdade, do que circulava por todo o lado, pelo menos desde 1903, que do deficit público de 8000 contos, metade fora a Casa real que o gastara.
A atitude de João Franco, de frontalidade face a esta questão, enquadrava-se perfeitamente, nos objectivos gerais da política que anunciava, assente em duas palavras austeridade e honestidade. Austeridade que pretendia acontecesse em todas as instituições públicas e na família Real, por tudo isto preferiu admitir o que se passava, em vez de adiar explicações ou encobri-las, como até aí tinha sido feita.
A oposição monárquica, claro que aproveitou para o atacar, como fez Hintze Ribeiro que acusava Franco de sacrificar o Rei à sua própria popularidade.
2 comentários:
gostei bastante do artigo, acho que deviam de explorar mais o tema.
parabéns.
uma boa continuação.
O assunto continua como não podia deixar de ser, volta a agitar as águas no curto reinado seguinte e é uma das causa da queda da Monarquia, por ser uma das questões mais batidas pela oposição republicana.
Agradeço os parabéns, mas em singular, aqui infelizmente sou só eu para tudo.
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