segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Inaugurada na Escola Politécnica a Exposição Oceanográfica de D. Carlos.

  • Abril,12-Inaugurada na Escola Politécnica a Exposição Oceanográfica de D. Carlos.
D.Carlos assumiu claramente que o objectivo as suas pesquisas oceanográficas se destinavam exclusivamente a servir a industria da pesca. "

por um estudo metódico da distribuição e das épocas de passagem das diferentes espécies nas nossas águas melhores resultados pudessem ser obtidos", disse ele .

Começou as suas investigações em Setembro de 1896, ao largo de Cascais, no primeiro iate Amélia, um barco de 34 metros de comprimento, pouco satisfatório para a navegação no mar alto.

Foi com o objectivo por esse género de trabalhos que expôs as suas colecções de fauna marinha ela primeira vez na Escola Politécnica, mas que viria a repetir em anos seguintes.



segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Acontecimentos no ano de 1896 (1ªParte)

  • Fevereiro,13-Lei de João Franco que procurava reprimir as acções violentas que ia acontecendo contra a ditadura de Hintze Ribeiro.
Lei que autorizava a deportação de quem fizesse propaganda anarquista, mas justificada por uma bomba solitária em Lisboa.

  • Março,13-Gungunhana chega a Lisboa, ficando preso no Forte de Monsanto.
O epílogo na guerra contra os Vátuas, aconteceu em Chaimite em 27 de Dezembro de 1895 quando Mouzinho de Albuquerque aprisionou o régulo Gungunhana, num episódio por demais conhecido em que para o humilhar mandou o poderoso régulo sentar-se no chão, levando-o preso para Lourenço Marques e mais tarde para Lisboa De seguida é deportado com 7 das suas mulheres favoritas (tinha 3 mulheres principais), e outros familiares incluindo o filho Godide, para Portugal, a bordo do vapor «África» que fundeia, após uma difícil viagem de dois meses, na manhã de 13 de Março de 1896, no Tejo, frente a Cacilhas, ficando preso no Forte de Monsanto. Em Portugal, Gungunhana é desumanamente humilhado e manuseado como troféu de caça preciosa e, finalmente, desterrado para a Ilha Terceira, onde chega a 27 de Junho de 1896. Aí goza de uma certa liberdade e respeito, chegando a ser baptizado com o nome de Reynaldo Frederico Gungunhana
  • Maio,04-O Supremo Tribunal Administrativo, de novo órgão de cúpula dos tribunais administrativos.
Com efeito, com Hintze Ribeiro à frente do Governo e João Franco Ministro do Reino, Portugal vê ditatorialmente decretado um novo Código Administrativo, em 2 de Março de 1895, revisto e alterado em Cortes e aprovado pelo Rei em 4 de Maio de 1896. De natureza centralizadora, o novo Código Administrativo põe termo ao modelo de organização mista da justiça administrativa e inicia um novo modelo que irá estar presente nos derradeiros anos da monarquia e nos primeiros da república – até 1924.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Acontecimentos no ano de 1895-(2ºparte)


  • Setembro,13-Revolta dos soldados maratas no Estado da Índia.
D.Carlos enviou o seu irmão o infante D.Afonso no comando da expedição à Índia, que ali chegou em Novembro deste mesmo ano, para à frente de 2 companhias de infantaria, 1 de cavalaria e uma secção de artilharia, acabar com a revolução dos maratas que se haviam recusado a embarcar para Moçambique na sequência da revolução zulu que ali decorria.

A força militar era pobre com apenas 600 cartuchos por soldado e apenas duas peças de artilharia.

Força pobre mas suficiente afinal, para abafar a revolta que o infante tentou resolver com uma amnistia que o governador Jácome de Andrade, ignorou ordenando fuzilamentos e castigos, que lhe valeu a deposição do cargo tendo o próprio infante D.Afonso Henrique assumido o cargo.

  • Novembro,15-Morte de Martens Ferrão


João Baptista da Silva Ferrão de Carvalho Martens , mais conhecido por Martens Ferrão, foi um jurisconsulto, magistrado e político português, que entre outras funções foi deputado à Cortes e par do Reino, ministro e Procurador-Geral da Coroa.

Na fase final da sua vida exerceu funções de embaixador de Portugal junto da Santa Sé, qualidade em que negociou a Concordata de 23 de Maio de 1886.

Celebrizou-se com a aprovação em parlamento de uma proposta de reorganização da administração do território, a qual teve contudo vida efémera, já que a contestação popular à extinção de municípios e distritos levou às manifestações da Janeirinha e à consequente queda do governo e revogação da reforma.