As eleições de 30 de Março não haviam trazido alterações substancias, afinal os regeneradores voltaram a ganhar a maioria dos assentos na Assembleia Nacional, confirmando o governo do seu líder Serpa Pimentel.
Uma alteração apenas foi produzida no seu gabinete governamental, com a criação do Ministério da Instrução Pública e Belas Artes, transferindo para a responsabilidade ministerial João Marcelino Arroio da pasta da Marinha e Ultramar, onde foi substituído por Júlio de Vilhena.
João Arroio, havia fundado 10 anos antes ainda estudante de Direito em Coimbra o Orfeon Académico de Coimbra, o mais antigo coro português em actividade e seguramente um dos mais antigos da Europa.
Muito embora a confirmação pelo voto nas urnas , da partido do governo, o certo é que a agitação nas ruas e na imprensa afecta aos partidos da oposição não abrandou.
Optou-se então pelo endurecimento, com a publicação de uma nova "Lei das Rolhas" (datava de 1850 a original) pela mão do Ministro da Justiça, Lopo Vaz de Sampaio e Melo, onde se decretavam medidas severas contra a imprensa, que poderiam levar à supressão dos jornais em caso de reincidência .
O Governo pela mesma altura (estávamos em Abril), também decidiu aumentar os efectivos da Guarda Municipal e os vencimentos dos seus membros, numa clara atitude de musculação do regime.
Claro que a imprensa Progressista não se calou considerando que "o governo abolira todos os princípios da Carta Constitucional", mas não excluindo o Rei dos seus ataques perguntando "porque reina o sr. D.Carlos I em vez de D.Miguel II ? (Jornal o Dia em 9-4-1890), numa clara confrontação comparando-o ao herdeiro da linha dinástica absolutista.
A 10 de Abril de 1890, o Rebate um jornal dos estudantes do Porto, tinha publicado em destaque "MORRA O REI" e "O REGICÍDIO PASSA A SER UM DIREITO"
No dia seguinte Guerra Junqueiro publica o Finis Patriae, onde a figura do Rei é ridicularizada, como por exemplo no poema
Papagaio real diz-me quem passa ?
El-rei D.Simão que vai à caça
onde diz na última estrofe
Papagaio real diz-me quem passa ?
É alguém que foi á caça
do caçador Simão
Uma clara alusão ao regicídio.
Uma alteração apenas foi produzida no seu gabinete governamental, com a criação do Ministério da Instrução Pública e Belas Artes, transferindo para a responsabilidade ministerial João Marcelino Arroio da pasta da Marinha e Ultramar, onde foi substituído por Júlio de Vilhena.
João Arroio, havia fundado 10 anos antes ainda estudante de Direito em Coimbra o Orfeon Académico de Coimbra, o mais antigo coro português em actividade e seguramente um dos mais antigos da Europa.
Muito embora a confirmação pelo voto nas urnas , da partido do governo, o certo é que a agitação nas ruas e na imprensa afecta aos partidos da oposição não abrandou.
Optou-se então pelo endurecimento, com a publicação de uma nova "Lei das Rolhas" (datava de 1850 a original) pela mão do Ministro da Justiça, Lopo Vaz de Sampaio e Melo, onde se decretavam medidas severas contra a imprensa, que poderiam levar à supressão dos jornais em caso de reincidência .
O Governo pela mesma altura (estávamos em Abril), também decidiu aumentar os efectivos da Guarda Municipal e os vencimentos dos seus membros, numa clara atitude de musculação do regime.
Claro que a imprensa Progressista não se calou considerando que "o governo abolira todos os princípios da Carta Constitucional", mas não excluindo o Rei dos seus ataques perguntando "porque reina o sr. D.Carlos I em vez de D.Miguel II ? (Jornal o Dia em 9-4-1890), numa clara confrontação comparando-o ao herdeiro da linha dinástica absolutista.
A 10 de Abril de 1890, o Rebate um jornal dos estudantes do Porto, tinha publicado em destaque "MORRA O REI" e "O REGICÍDIO PASSA A SER UM DIREITO"
No dia seguinte Guerra Junqueiro publica o Finis Patriae, onde a figura do Rei é ridicularizada, como por exemplo no poema
Papagaio real diz-me quem passa ?
El-rei D.Simão que vai à caça
onde diz na última estrofe
Papagaio real diz-me quem passa ?
É alguém que foi á caça
do caçador Simão
Uma clara alusão ao regicídio.
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