No dia seguinte à morte do rei D.Luís, decorreram eleições legislativas já marcadas
Os resultados como habitualmente, determinaram a vitória do governo, neste caso o Progressista que elegeu 104 deputados pelo continente e ilhas. Os Regeneradores com 38 deputados pelo continente e ilhas. A 8 deputados da Esquerda Dinástica pelo continente e ilhas. e os republicanos mantendo os 2 deputados pelo continente e ilhas.
Um por Lisboa e outro pelo Porto.
Um dos problemas principais, que "afligiam" a governação de José Luciana, era a chamada "questão inglesa", que datava pelo menos de há dez anos antes, quando Andrade Corvo, ministro do governo de Fontes Pereira de Melo que propôs fazer de Goa e de Lourenço Marques, portos de serviço do Império Britânico. Era uma forma de rentabilizar os portos decadentes, que reflectiam bem a penúria financeira do estado português, consolidava a aliança com os ingleses e garantiria a monarquia portuguesa.
A oposição Regeneradora recusou esta proposta acusando o governo e a coroa de estarem a enfeudar o país à Inglaterra.
Quando os Regeneradores foram poder entre 1879 e 1881, ambos esqueceram as posições que tinham assumido, uns assinando por baixo agora as propostas que haviam repudiado, os outros esqueceram Andrade Corvo, devolvendo as acusações de traição aos Regeneradores.
Mais tarde, quando por pressão europeia , diga-se Alemã e Francesa a Inglaterra, deixa de reconhecer os direitos de Portugal a o domínio teritorial da foz do Zaire, surge em Portugal o conceito político que se devia abandonar os acordos bilaterais coma Inglaterra e passar a orientar a política externa para a diversidade europeia.
Foram os Regeneradores que iniciaram esta viragem, mas com a concordância dos Progressistas na oposição, (caso raro,) justificado pela generalização da ideia do declínio inglês.
É de 1887 e do governo Progressista a ideia de se ter conseguido a emancipação completa da tutela inglesa, e o aparecimento dos primeiro mapas em que os território entre Angola e Moçambique apareciam pintados em cor de rosa,
Em resumo esta era no final do ano de 1889, o problema que se designava por questão inglesa, e que marcaria as preocupações do governo, que o facto de eleições recentes terem acentuado a sua maioria, não era relevante na altura, esse facto, mas sim o de como resolver a questão inglesa, agora de novo muito mais activa e muitíssimo incomodada, com a nova atitude política portuguesa.
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