(Lopo Vaz de Sampaio e Melo)
Perante o agravamento da crise financeira o governo de João Crisóstomo apresenta a sua demissão.
Como habitualmente o rei, consulta por escrito José Luciano dos Progressistas e António de Serpa do Partido Regenerador, para além de Lopo Vaz, militante Progressista da chamada Unha Negra a ala esquerda desse partido, com quem El-rei habitualmente se correspondia.
A distribuição de forças políticas mantinha-se inalterável. com maioria Regeneradora na Assembleia, muito embora o governo agora demitido tivesse uma maioria de pastas atribuídas a membros do Partido Progressista.
Os principais partidos não queriam novas eleições, os Regeneradores tinham a maioria, os Progressistas sabiam que novas eleições, podiam alterar toda a situação e ambos tinham medo, do que poderia acontecer com uma maioria do partido Republicano, que todos temiam.
D.Carlos assumiu então a tarefa de organizar um novo governo, chegando a elaborar um novo elenco ministerial, chamando o visconde de São Januário, para o chefiar.
Este bem depressa deixou claro que para ele não bastava a nomeação régia, precisava da bênção dos partidos políticos. Um dos nomes ministeriáveis para D.Carlos era o de Lopo Vaz, que por sua vez impunha como condição também a entrada de Mariano de Carvalho, outro radical, mas bem relacionado nos meios empresariais e que dizia ter planos financeiros para salvar o Estado.
Assim de imediato de esfumou a hipótese São Januário. Mariano de Carvalho era uma personalidade um pouco controversa, oscilando entre o Partido Progressista e Regenerador, era porém muito popular em Lisboa, colocando desde logo como condição para entrar no governo a "comutação das penas dos do Porto", aludindo aos revoltosos de 31 de Janeiro.
O rei mostrava-se intransigente com o nome de Mariano de Carvalho e Lopo desistiu.
Colocada então a hipótese de novo governo de António de Serpa, que propunha uma solução exclusivamente Regeneradora, embora admitisse chamar alguns progressistas "honestos". Lopo Vaz volta a jogar no escuro e convence João Franco, um dos nomes escolhidos por Serpa, a exigir também a entrada de Mariano de Carvalho, o que naturalmente desagradou a António de Serpa.
Finalmente a 21 de Maio de 1891, conseguiram que João Crisóstomo aceitasse ser reconduzido,num governo com Lopo Vaz no Ministério do Reino e Mariano no da Fazenda.
Lopo não se conteve terá dito "comi o Serpa e o José Luciano", mas na verdade também havia apanhado o rei. O novo governo ficou então assim constituído
Perante o agravamento da crise financeira o governo de João Crisóstomo apresenta a sua demissão.
Como habitualmente o rei, consulta por escrito José Luciano dos Progressistas e António de Serpa do Partido Regenerador, para além de Lopo Vaz, militante Progressista da chamada Unha Negra a ala esquerda desse partido, com quem El-rei habitualmente se correspondia.
A distribuição de forças políticas mantinha-se inalterável. com maioria Regeneradora na Assembleia, muito embora o governo agora demitido tivesse uma maioria de pastas atribuídas a membros do Partido Progressista.
Os principais partidos não queriam novas eleições, os Regeneradores tinham a maioria, os Progressistas sabiam que novas eleições, podiam alterar toda a situação e ambos tinham medo, do que poderia acontecer com uma maioria do partido Republicano, que todos temiam.
D.Carlos assumiu então a tarefa de organizar um novo governo, chegando a elaborar um novo elenco ministerial, chamando o visconde de São Januário, para o chefiar.
Este bem depressa deixou claro que para ele não bastava a nomeação régia, precisava da bênção dos partidos políticos. Um dos nomes ministeriáveis para D.Carlos era o de Lopo Vaz, que por sua vez impunha como condição também a entrada de Mariano de Carvalho, outro radical, mas bem relacionado nos meios empresariais e que dizia ter planos financeiros para salvar o Estado.
Assim de imediato de esfumou a hipótese São Januário. Mariano de Carvalho era uma personalidade um pouco controversa, oscilando entre o Partido Progressista e Regenerador, era porém muito popular em Lisboa, colocando desde logo como condição para entrar no governo a "comutação das penas dos do Porto", aludindo aos revoltosos de 31 de Janeiro.
O rei mostrava-se intransigente com o nome de Mariano de Carvalho e Lopo desistiu.
Colocada então a hipótese de novo governo de António de Serpa, que propunha uma solução exclusivamente Regeneradora, embora admitisse chamar alguns progressistas "honestos". Lopo Vaz volta a jogar no escuro e convence João Franco, um dos nomes escolhidos por Serpa, a exigir também a entrada de Mariano de Carvalho, o que naturalmente desagradou a António de Serpa.
Finalmente a 21 de Maio de 1891, conseguiram que João Crisóstomo aceitasse ser reconduzido,num governo com Lopo Vaz no Ministério do Reino e Mariano no da Fazenda.
Lopo não se conteve terá dito "comi o Serpa e o José Luciano", mas na verdade também havia apanhado o rei. O novo governo ficou então assim constituído
- Lopo Vaz de Sampaio e Melo substitui António Cândido no reino e passa a exercer a pasta de ministro da instrução pública, então restaurada.
- Alberto António de Morais de Carvalho substitui António Emílio Correia de Sá Brandão na Justiça.
- Mariano de Carvalho substitui Augusto José da Cunha na Fazenda.
- Júlio de Vilhena substitui António Enes na Marinha e Ultramar.
- Conde de Valbom substitui José Vicente Barbosa do Bocage nos Estrangeiros.
- João Franco substitui Tomás Ribeiro nas Obras Públicas
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